domingo, 9 de março de 2014

Coleciono dedais há algum tempo. Pensei que estivessem em desuso, pertencendo a um passado.Para minha surpresa, vendo na internet uma reportagem sobre o atelier de Valentino encontrei um deles, destaque entre os dedos de uma costureira. Na singeleza do gesto, mãos anônimas, mãos de fadas, criando entre tafetás e veludos uma verdadeira obra de arte.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Cristo ao redor do mundo .
Sempre que viajo levo estatuetas do Cristo Redentor para ir oferecendo as pessoas que nos atendem nos hoteis, nos restaurantes,nos museus e nas lojas . Conto a história da oitava maravilha do mundo e o que representa para nós brasileiros o Cristo de braços abertos no alto de uma montanha abençoando nosso povo .
Em Paris visitando o museu Cluny,a recepcionista ,uma senhora de meia idade estava bastante irritada e de muito mau humor.A fila andava lentamente e quando chegou nossa vez lhe disse : tenho um mimo para vc. A francesa levantou-se da cadeira e, depois de receber a estatueta falou :
Hoje estou de aniversário e até esta hora (3horas da tarde) ninguem me felicitou .
Comecei a cantarolar o "feliz aniversário "e ela sorriu ,apertando em suas mãos a imagem recebida .

domingo, 17 de março de 2013

La Nuit Blanche
Assim é chamado um evento que aconteceu em Paris pela 11ª vez, no dia 6 outubro 2012.
Foi uma noite de encantamento iluminada por luzes multicoloridas, shows pirotécnicos, raios de neon atravessando o céu  e envolvendo o céu da cidade, das 19 horas até as 7 horas da manhã seguinte.
Diversos prédios públicos e comerciais, monumentos, praças e pontes se iluminaram feéricamente para o show criado por artistas plásticos. Os efeitos produzidos graças à tecnologia e criatividade foram surpreendentes.
Sobre o Sena, barcos navegavam entre chamas ondulantes coloridas com efeitos especiais que os passageiros admiravam cantando e acenando ao povo aglomerado às suas margens .
A loja Samaritaine, em reformas estruturais, instalou no alto de seu prédio uma placa de neon multicolorida com a inscrição:
                        Du  Soleil dans La Nuit.
Muitos prédios públicos abriram exepcionalmente nesta noite, como a Casa da Moeda que apresentava em sua fachada uma enorme tela de vídeo, mostrando o processo de fabricação, cunhagem e gravação de moedas.
Na  passarela  Simone de Beauvoir, um dispositivo luminoso instalado e equipado de captores, assinalavam a presença dos passantes, formando um caminho luminoso que interagia com seus movimentos.
O teatro Chaillot com um enorme relógio cinematográfico exibia pedaços de filmes clássicos através dos tempos durante 24 horas.
O vai e vem de gente era intenso, atrás de informações sobre o evento que eram fornecidas por pessoas portadoras de crachás de identificação e assim orientavam  os respetivos horários e.os locais dos shows.
Galerias de arte abertas ao público com seus acervos, sediavam conferências, apresentações de videos e shows musicais ao vivo.
Muita alegria nas ruas, mesmo sob uma chuva fininha que teimava em cair sem diluir o ritmo alegre da festa.
As luzes enfeitavam a cidade, a cultura e as artes iluminavam o espírito .
Não é à toa que Paris se intitula 
                   CIDADE LUZ 
E quem sabe nossos governantes não aproveitam esta ideia para nossa Cidade Maravilhosa reluzir ainda mais sob os efeitos luminosos das modernas tecnologias, produzindo um show fantástico de luzes, sons e cores.

sexta-feira, 6 de julho de 2012



O grito
E depois do sucesso do leilão em New York, 
O grito ecoa no Brasil sob a 
criatividade de um pintor anônimo nos
muros da cidade, próximo a Cedae e com
isto a idéia do varal de roupas.

quinta-feira, 7 de junho de 2012


EDVARD MUNCH
1893 - 1910
Em 2011, realizou-se em Paris, pela primeira vez,  uma retrospectiva da obra de Munch, pintor norueguês que foi precursor do expressionismo alemão.

Uma multidão de pessoas organizou-se em filas imensas à frente do Museu George Pompidou.
“Eu pinto linhas e cores que emocionam minha alma (meu olho interior). Pinto expressões de minha infância. Cores que traduzem inquietações de meu passado”.
Com este pensamento desenvolveu sua arte, imprimindo nas telas suas angustias e tristezas.
Ao mesmo tempo, influenciado pela descoberta dos raios x, ultra violeta e raios solares produziu telas com tons mais vibrantes como que buscando a iluminação que faltava a seu espírito. Foi assim que pintou Le Soleil.
Costumava fazer diversas versões sobre o mesmo tema. 
O Grito, obra que o imortalizou, reproduziu uma série de 5 imagens : dois óleos , dois pasteis e uma serigrafia.  A tela retrata o pavor que ele viveu ao sair de um manicômio, em visita à sua irmã lá internada.
Caminhando pelas ruas de Oslo, e ainda ouvindo o grito dos internos do hospício, viu o céu colorir-se de raios avermelhados que lhe pareceram línguas de fogo. A intensidade dos tons e as mãos nos ouvidos, abafando os sons que não queria ouvir, são de um realismo estupendo.
Ironia do destino : daquela dor alucinante surgiu a inspiração para a obra que o consagrou.
Recentemente uma das versões de “O grito”, realizada em pastel, foi leiloada pela Sotheby’s em New York. Esta tela possui na moldura um poema  que Munch escreveu sobre o terror vivenciado naquela tarde, ao qual  ele chamou de “O grito da natureza”.
No leilão, “O grito” do martelo ecoou estrondoso, anunciando a cifra extraordinária de US$ 119.000.000.
Um sucesso que a vida impiedosa o privou de vivenciar.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O mundo mágico de Escher

Sob este título o CCBB apresenta a exposição que faz jus por sua magnitude e montagem.
O gravurista Escher criou soluções fantásticas que encantam, baseadas na matemática e princípios de física. Recorrendo também a natureza e seus reflexos, tanto naturais como produzidos por espelhos convexos que nos remetem ao infinito.
Sua obra explica o conceito de divisão do plano regular -ladrilho. Matemáticos classificaram estas divisões num total de 17 sistemas diferentes. Ladrilhamento, natureza, reflexo, perspectiva, infinito e eternidade definem o trabalho do artista.
A curadoria apresenta duas instalações que integram a exposição.
Confira até o final da semana este mundo fantástico de formas e bichos que se alongam e retraem dentro de um conjunto de formas geométricas simetricamente dispostas.
Escher afirmava que é necessário usar o cérebro e não somente os sentidos para se entender os enigmas propostos em sua obra.
Faça então seu teste cabeça.

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domingo, 12 de dezembro de 2010

Jardim Botânico do Rio de Janeiro




Jardim Botânico

Uma das preciosidades do Rio de Janeiro.

Nesta primavera, a instituição oferece passeio gratuito em bondinho com guias especializados em assuntos botânicos.

Durante o percurso por aquela área tive a impressão de estar assistindo a um desfile, no qual as modelos são as árvores na passarela verdejante.

A natureza é pujante, com aléias de mangueiras e palmeiras. Lagos e uma belíssima fonte enfeitam este cenário de paz, tranqüilidade e beleza.

De vez em quando, percebe-se um movimento aqui e acolá; são aves como as saracuras de pernas longas, saltitando e caminhando apressadas. Os esquilos fazem a festa ao descer das árvores e saborear seus frutos e nozes.

O Pau Brasil surge imponente em plena floração – suas flores amarelas contrastam com seu caule avermelhado. Deu nome ao nosso país, e apresenta qualidades mil, inerentes a seu tronco pela madeira dele extraída.

Foi um francês de nome FRANÇOIS TOURTE, grande artesão de arcos de violino, que descobriu em sua madeira uma rara elasticidade até então inusitada. Utilizou-a, então, na fabricação deste instrumento musical.

Inverteu com seu irmão a curvatura dos arcos dando ao som maior intensidade. E assim se foi nosso Pau Brasil, expandindo-se pelo mundo e quem sabe até criando o STRADIVARIUS.

A Cipreste Calvo é uma árvore interessante. Suas raízes “aéreas” saltam da terra como tubérculos e ajudam a absorver o oxigênio da água dos pântanos. Trocam assim a escuridão pela maravilhosa claridade reinante no parque.

Desfrutar desta natureza exuberante é um privilégio; tive como guia a amiga Olga, que trabalha no projeto de interpretação ambiental, que respondeu a todas minhas perguntas, saciando minha curiosidade.

Última parada do bondinho: surge majestosa, a mãe das árvores – como os índios a chamavam – SUMAÚMA. Ela é exuberante em altura e em diâmetro, e nos oferece uma magnífica sombra, parecendo querer nos abraçar entre seus galhos imensos.

Happy end.

Sentar aos pés da SUMAÚMA, sonhar, ouvindo os sons de violinos distantes e os acordes das músicas de Tom Jobim, gozando de sua companhia, pois era ali o local onde o compositor descansava, eternizado hoje numa placa de bronze.