domingo, 12 de dezembro de 2010

Jardim Botânico do Rio de Janeiro




Jardim Botânico

Uma das preciosidades do Rio de Janeiro.

Nesta primavera, a instituição oferece passeio gratuito em bondinho com guias especializados em assuntos botânicos.

Durante o percurso por aquela área tive a impressão de estar assistindo a um desfile, no qual as modelos são as árvores na passarela verdejante.

A natureza é pujante, com aléias de mangueiras e palmeiras. Lagos e uma belíssima fonte enfeitam este cenário de paz, tranqüilidade e beleza.

De vez em quando, percebe-se um movimento aqui e acolá; são aves como as saracuras de pernas longas, saltitando e caminhando apressadas. Os esquilos fazem a festa ao descer das árvores e saborear seus frutos e nozes.

O Pau Brasil surge imponente em plena floração – suas flores amarelas contrastam com seu caule avermelhado. Deu nome ao nosso país, e apresenta qualidades mil, inerentes a seu tronco pela madeira dele extraída.

Foi um francês de nome FRANÇOIS TOURTE, grande artesão de arcos de violino, que descobriu em sua madeira uma rara elasticidade até então inusitada. Utilizou-a, então, na fabricação deste instrumento musical.

Inverteu com seu irmão a curvatura dos arcos dando ao som maior intensidade. E assim se foi nosso Pau Brasil, expandindo-se pelo mundo e quem sabe até criando o STRADIVARIUS.

A Cipreste Calvo é uma árvore interessante. Suas raízes “aéreas” saltam da terra como tubérculos e ajudam a absorver o oxigênio da água dos pântanos. Trocam assim a escuridão pela maravilhosa claridade reinante no parque.

Desfrutar desta natureza exuberante é um privilégio; tive como guia a amiga Olga, que trabalha no projeto de interpretação ambiental, que respondeu a todas minhas perguntas, saciando minha curiosidade.

Última parada do bondinho: surge majestosa, a mãe das árvores – como os índios a chamavam – SUMAÚMA. Ela é exuberante em altura e em diâmetro, e nos oferece uma magnífica sombra, parecendo querer nos abraçar entre seus galhos imensos.

Happy end.

Sentar aos pés da SUMAÚMA, sonhar, ouvindo os sons de violinos distantes e os acordes das músicas de Tom Jobim, gozando de sua companhia, pois era ali o local onde o compositor descansava, eternizado hoje numa placa de bronze.

Um comentário:

  1. Adorei a postagem. Como a gente faz para andar neste "bondinho"? Tem que agendar por telefone ou é só chegar e embarcar?

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